O açúcar é um carboidrato. Os primeiros registros da utilização dele ocorreram na índia, por volta de 6000 a.C.

Com o intuito da elaboração de remédio a base de mel, os povos locais utilizavam o açúcar para preparar e dar sabor aos remédios pertinentes à época.

Seguindo o contexto histórico, os europeus tomaram maior conhecimento do açúcar por volta do século XII, espalhando-se por todo o território mundial conhecido na época.

No entanto, o foco principal dos europeus era nas extensões alimentares, com a finalidade de acrescentar sabor em bebidas como café, chocolate e chá.

Extração do açúcar

O produto final como conhecemos é extraído, naturalmente, da cana-de-açúcar. Existem tecnologias atuais capazes de extraírem até 98% do produto final.

Partindo o princípio de logística/transporte, a cana partida e picada chega nas refinarias, prontamente para o início da extração. Assim sendo, existem duas maneiras na prática do trabalho de extração. São elas, a moenda e o difusor.

Moenda

Ao passo que a moenda é o processo mais tradicional nas indústrias fabricantes, a cana é moída em meio a grandes compressores, assim extraindo o caldo. Como resultado, o produto é encaminhado para fabricação do açúcar e outros componentes.

Difusor

Com efeito e trabalho mais moderno, o difusor atua com um conjunto de elementos mecânicos auxiliados por fontes enérgicas, como pistões ou correntes, com a função de movimentar a cana desfibrada por cinquenta metros durante o processo. Em seguida, água quente é adicionada ao extrato, passando por entre as fibras e extraindo os açúcares.

Também é possível realizar a extração a partir de beterrabas, de cunho biológico específico. O processo não difere muito em relação a cana-de-açúcar, sendo necessário cortar em fatias finas e repousar em água tina quente.

Proveniente deste meio, um chá de beterraba é produzido, sendo purificado e filtrado. Ao propósito de se realizar o açúcar branco ou o mascavo, utiliza-se técnicas de purificação (mais puro ou menos).

Assim, leva-se a um procedimento que passa por tubos, resultando em evaporação. Sendo assim, cria-se os cristais.

Podemos observar a diferença de nutrientes entre os açúcares citados acima (refinado/branco e mascavo).

Calorias (cal)
387 – Refinado
376 – Mascavo

Carboidratos (g)
99,9 – Refinado
97,33 – Mascavo

Cálcio (mg)
1 – Refinado
85 – Mascavo

Magnésio (mg)
0 – Refinado
29 – Mascavo

Cobre (mg)
0,04 – Refinado
0,3 – Mascavo

Fósforo (mg)
2 – Refinado
22 – Mascavo

Potássio (mg)
2 – Refinado
346 – Mascavo

Vitamina B1 (mg)
0 – Refinado
0,01 – Mascavo

Vitamina B2 (mg)
0,02 – Refinado
0,01 – Mascavo

Vitamina B6 (mg)
0 – Refinado
0,03 – Mascavo

Processos químicos

Decerto, o açúcar é primoroso na vida doméstica, adoçando um grande leque de alimentos, variando entre receitas sólidas e bebidas. Sendo assim, processos químicos são envoltos nos procedimentos padrões para resultar nos cristais de açúcar que abrangem um grande ramo.

Dessa maneira, os processos químicos se encaixam na classe dos carboidratos ou hidratos de carbono com fórmula molecular (CH2O)n, de tal forma que são encontrados na forma de monossacarídeos, dissacarídeos ou polissacarídeos. O carboidrato de maior relevância é a sacarose, formado por frutose e glicose.

Açúcar faz mal?

açúcar
Açúcar

Embora seja uma fonte de nutrientes, ele traz malefícios para a saúde. Assim como o sal que em excesso pode causar problemas, o açúcar também possui seus pontos negativos, pois possui alto valor calórico e o índice glicêmico de acordo com o tipo escolhido, podendo aumentar ou diminuir.

Com a finalidade de alertar a população, a Organização Mundial de Saúde concluiu, através de um estudo, uma parcela de maus que o açúcar em excesso pode causar. Ainda assim, o Brasil é considerado um país onde a população consome em excesso.

Quanto mais refinado for, mais nocivo ele se torna. Vejamos: o índice de glicêmico é maior, portanto, aumenta a velocidade dos níveis de glicose na corrente sanguínea.

Quando dizemos aqui que um açúcar trás benefícios, é em relação a outro tipo de açúcar, pois alguns tipos não trazem nada além de caloria vazia.

Doenças como diabetes tipo 2, assim como obesidade, são exemplos da nocividade do açúcar, tais como ganho de peso, envelhecimento precoce, diminuição da eficiência da imunidade corporal, desgaste do pâncreas, resistência à insulina e pré-diabetes.

A diabetes tipo 2 afeta o organismo de modo que o mesmo não consegue converter o açúcar presente no sangue em energia. Este processo é controlado por um método tradicional conhecidos no meio médico: uma hormona designada pela insulina.

O organismo não responde a resistência à insulina e a produz adequadamente. Como consequência, o nível de açúcar no sangue torna-se gradativo e progressivo, saindo fora dos padrões normais.

Tipos de açúcar

Açúcar demerara

Este tipo passa por um processo de refinamento menor do que o padrão. Possui uma coloração marrom e grãos avantajados, no entanto mantém os nutrientes presentes.

O grande diferencial do demerara é não possuir aditivos químicos, trazendo menos malefícios à saúde que o refinado.

Ele recebe um tratamento diferenciado na produção. A clarificação elimina impurezas e separa substâncias do caldo de cana.

Açúcar de coco

Açúcar de coco

Inegavelmente, o coco fornece uma excelente cadeia de nutrientes dentro do seu óleo. Assim como o demerara, possui baixo índice glicêmico, distribuindo as energias para que o metabolismo funcione rapidamente e com equilíbrio.

O açúcar de coco apresenta valores nutritivos muito mais pertinentes e importantes para a saúde que os demais açúcares comercializados e industrializados.

Com elevada quantia enérgica, dispõe de potássio, magnésio, zinco e ferro, além de ser uma fonte natural de vitaminas B1, B2, B3 e B6.

Como ele não passa pelo processo de refinamento, suas vitaminas e fontes de proteínas se mantém.

Uma particularidade excelente dele é que pode ser consumido por qualquer pessoa que não possua nenhum tipo de enfermidade alérgica, inclusive diabéticos!

Tome cuidado, apesar de tudo, ainda é uma fonte calórica que se consumida em excesso pode causar danos.

Açúcar cristal e refinado

Estes tipos possuem muitas semelhanças e são dispostos da mesma maneira no mercado e varejo.

O refinado, por sua vez, possui aditivos químicos que eliminam algumas vitaminas e sais minerais. O enxofre é um exemplo de aditivo químico adicionado, com o intuito de atingir a coloração branca.

Já o cristal se apresenta em forma de cristais grandes e de difícil dissolução na água. Passa por leve processo de refinação, mas mesmo assim 90% das vitaminas são retiradas.

Açúcar mascavo

açúcar mascavo
Açúcar mascavo

Este tipo é a versão mais “arcaica” dos açúcares. Utilizando este termo para enfatizar o não processamento químico do mesmo, preservando vitaminas e minerais. Um diferencial deste tipo é seu sabor que é mais intenso e sofisticado.

Açúcar xilitol?

Um produto de alta qualidade! Apesar de popularmente ser chamado de açúcar, ele é um adoçante.

Proveniente de plantas, ou seja, natural, é perfeito para substituir a sacarose tradicional. É produzido a partir da hemicelulose e de variados tipos de madeiras, milho, ameixa e outras plantas.

Seus benefícios, similarmente ao açúcar de coco, são que podem ser consumidos por diabéticos, uma vez que seu índice glicêmico é de 7, enquanto os açúcares gerais ficam entre 60 e 70.

Importante lembrar que a dose diária recomendada por nutricionistas é de 60 gramas ao longo do dia.

Açúcar orgânico é bom?

Semelhante ao mascavo, o orgânico não utiliza agrotóxicos ou componentes químicos, retendo as boas fontes de energia da cana. Por não utilizar insumos artificiais, é menos prejudicial à saúde do que os outros açúcares que passam pelo processo de refinamento.

Os grãos dele são nutritivos, escuros e grossos. Além disso, o orgânico mantém um rígido respeito ao meio ambiente. Feito em ambientes férteis, não retira nenhuma propriedade benéfica do mesmo.

O vício em açúcar

O açúcar, por ter um alto poder de retorno prazeroso ao organismo, pode acarretar em vício. Isso mesmo! Vício! A dependência de glicose vem sido debatido constantemente pela Organização Mundial de Saúde.

A compulsão por ele é comparada a outros vícios tão ou mais prejudiciais à saúde: tabagismo, uso de drogas como cocaína, por exemplo, e tabagismo.

O cérebro libera uma substância chamada opioide que é natural e dá sensação de grande prazer. No entanto, não tem nada de saudável.

O vício pode causar diversas enfermidades como já citadas anteriormente, mas a principal preocupação no meio médico é a obesidade.

Uma vez que ele entra no sistema sanguíneo, eleva-se os níveis de glicose, estimulando o pâncreas a produzir insulina, hormônio natural.

Sua função é converter a glicose em energia, mas se for consumida em excesso, o organismo dispensa em forma de gordura que se for gradativamente afetada leva à obesidade.

Estudos comprovam uma relação entre a compulsão por drogas e o vício em açúcar, chegando a uma conclusão que usuários de cocaína e viciados em glicose têm muita semelhança.

Desta forma, o organismo tende a pedir cada vez mais, através de moléculas de dopamina e serotonina, querendo reforçar o vício. Como resultado, síndromes de abstinência perduram por um bastante tempo.

Dicas de como parar com o açúcar

Tendo em mente todos os aspectos maléficos citados no texto causados pelo açúcar, você terá que pôr em prática a diminuição do consumo dele, para posteriormente cortá-lo de vez do seu hábito alimentar.

Sem dúvidas, as frutas (e não o suco delas) são uma estratégia primorosa para quem pretende parar com o açúcar.

Dispondo de grande fonte de vitaminas, elas atuam no organismo positivamente, “distraindo” o cérebro que “pede” cada vez mais.

Alimentos processados como salsicha e outros embutidos contém uma exorbitante quantidade de açúcar.

Apesar de serem classificados como salgados, os embutidos são produzidos e processados como uma grande carga de açúcar sem que você perceba.

Também é bastante usado como conservante. O conservante é utilizado em diversos alimentos industrializados, então fique atento ao que você for consumir, principalmente ao chegar nas prateleiras do mercado que são recheadas de alimentos que trazem malefícios.

Entretanto, para quem está num estado de abstinência de glicose, mascar chiclete sem açúcar é uma boa opção!

Acredite, todo o funcionamento do cérebro pode ser “enganado” por técnicas e maneiras que se mantidas tornam-se hábitos. E hábitos saudáveis!

O mascar do chiclete e o sabor do mesmo interferem na abstinência, mantendo-a aliviada momentaneamente, até que cesse durante o período necessário.

É importante que você faça uma auto avaliação: você ingere doces como recompensa ou por necessidade? Refletir sobre o tema ajudará a se manter longe do açúcar.

Muitas pessoas, ao finalizarem alguma tarefa árdua, recompensam-se com uma barra de chocolate, por exemplo. Este comportamento logo vira hábito, adaptando o cérebro a este sistema de recompensa.

Caso queira mais dicas para acabar com o vício, assista o vídeo abaixo, do Rodrigo Polesso do canal Emagrecer de Vez:

Seu corpo vai sentir falta do açúcar?

Se você estiver disposto a parar de ingerir açúcar, tenha em mente que certamente você sentirá alguns desconfortos no mínimo desagradáveis.

Saiba que o açúcar vicia mais do que a cocaína. Com esta frase impactante, você pode ter uma base do quão difícil é esta missão.

Momentos de ansiedade, insegurança e irritabilidade com toda certeza aparecerão no início do seu processo de “desintoxicação”, assim como dificuldade de raciocínio e retardo do mesmo.

Depois de passado os sintomas citados, o corpo lhe agradece de várias formas: seu paladar fica mais aguçado, você sentirá mais o sabor de outros alimentos.

O desconforto mental pelo processo de abstinência é encerrado e você volta a ter suas faculdades mentais normalmente. Sua memória torna-se mais ativa, mantendo um padrão exemplar.

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